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Perfil: Osama bin Laden, o homem mais procurado do planeta
Ao ser questionado sobre o tipo de resistência encontrada pelos Seals, as forças de elite da Marinha americana, Carney disse que Bin Laden "não estava armado".
Repórteres indagaram o motivo, então, da decisão de matá-lo ao invés de apenas capturá-lo e trazê-lo para julgamento em solo americano, por exemplo.
Em resposta, o porta-voz da Casa Branca limitou-se a dizer que "outras pessoas estavam armadas na casa" e que o próprio Bin Laden "ofereceu resistência" antes de morrer.
Carney disse ainda que o presidente Barack Obama e as outras autoridades que acompanhavam a ação em tempo real na sala de controle da Casa Branca foram apenas "observadores".
"Todas as decisões foram tomadas no local. Cabia aos que estavam em solo executar o plano".
Saiba mais sobre os Seals, a força de elite dos EUA que matou Bin Laden
O porta-voz disse também que as operações no Afeganistão e o ritmo da retirada das tropas serão determinados "somente pelas condições no campo de batalha" e que a morte de Bin Laden não influenciará estas decisões.
DETALHES DA OPERAÇÃO
A Casa Branca disse ainda que os Seals apenas atiraram "na perna" de uma das supostas mulheres de Bin Laden, mas não a mataram. Ainda ontem (2), o governo americano já tinha desmentido relatos iniciais de que uma mulher teria servido de "escudo humano".
Carney confirmou ainda que o corpo do terrorista foi lavado, posto num lençol branco e lançado numa localização no norte do mar da Arábia. Até ontem o local onde o cadáver tinha sido lançado era somente informado por "fontes do governo", mas não tinha sido confirmado pelo governo de forma oficial.
Quanto às fotos, Carney disse que as imagens registradas têm conteúdo forte e "caráter inflamatório", apontando que os EUA consideram que divulgá-las pode resultar em retaliações contra o país.
"Estamos analisando se isso servirá nossos interesses ou se danidficará nossos interesses e também os interesses globais", disse.
RELAÇÕES EUA x PAQUISTÃO
Sobre a crise entre os EUA e o Paquistão, Carney disse que trata-se de uma "relação complicada, mas que não pode ser abandonada".
Jonathan Ernst/Reuters - 6.mai.2009 |
Imagem de arquivo mostra os presidentes dos EUA, Barack Obama (esq.) e do Paquistão, Asif Ali Zardari, em Washington |
Questionado sobre as discussões no Congresso americano de suspender a ajuda financeira a Islamabad até que se prove se o país ajudou ou não Bin Laden, Carney disse que os paquistaneses "contribuíram com dados de inteligência que permitiram realizar a operação" e que os EUA "manterão contato" com o aliado.
As afirmações chegam horas depois da confirmação de que os Estados Unidos não informaram o Paquistão sobre a operação porque temiam que o governo paquistanês alertasse Bin Laden, segundo entrevista do diretor da CIA, Leon Panetta, à revista "Time".
Panetta disse ainda que foi decidido "que qualquer esforço por trabalhar com os paquistaneses poderia colocar em risco a missão: eles poderiam alertar aos objetivos".
A última acusação da CIA, agência de inteligência americana, aumenta a pressão sobre o governo do Paquistão e deve estremecer ainda mais a relação entre os dois países.
O governo de Islamabad só foi informado da presença de helicópteros e forças de elite da Marinha americana após o término da operação --numa clara violação da soberania do Estado paquistanês.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
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Nesta terça-feira, a embaixada norte-americana no Paquistão e os consulados dos Estados Unidos em Lahore, Karachi e Peshawar foram fechados ao público "até nova ordem", informou um comunicado no site da embaixada dos EUA em Islamabad.
Em reação aos últimos desdobramentos, o presidente do Paquistão, Asif Ali Zardari, se defendeu nesta terça-feira das acusações de que o país estava abrigando secretamente o líder da rede terrorista Al Qaeda, Osama bin Laden.
"Alguns na imprensa americana sugeriram que o Paquistão não teve a vitalidade necessária em sua luta contra o terrorismo, ou pior, que fomos dissimulados e protegemos os terroristas que dizíamos buscar", disse Zardari.
"Tal especulação sem base pode ser excitante para os jornais, mas não reflete a realidade", completou.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
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